segunda-feira, 22 de março de 2010

Você já voou de balão?

É, eu também não. Se você já voou alguma vez talvez saiba mais do que eu sei agora. Vou tentar explicar o que sei sobre o assunto baseado nas histórias que ouvi, e naquilo que imagino que seja, dos meus sonhos perdidos quando voava de balão com o power ranger vermelho, alguma das princesas da Disney (tinha que ter uma paquerinha né?) e algum outro personagem famoso dos desenhos de minha infância.

Talvez todo mundo que existe nesse mundo já tenha sonhado que estava voando, ou de balão, ou de avião, ou voando como o Peter Pan com aquele pózinho brilhante da Sininho. Bom, todos sonham isso porque realmente deve ser muito legal. Mas, o interessante é que o balão, o avião e todas as coisas que vão "ao infinito e além" foram idealizadas realmente e são parte de nossa vida agora. Assim, agora é possível sair do universo dos sonhos em que voamos para voar de verdade e sentir na pele a sensação de estar a alguns mil metros de altura.

Voltemos a falar de balões. Como nunca voei só imagino como deve ser a sensação, baseado em alguns impulsos e sonhos meus. Porém o mais interessante, particularmente no voo de balão, é o modo como se voa. No balão não se tem muitos controles ou botões, ou manuais e comissários de bordo ou aeromoças. No balão somos simplesmente nós mesmos, e todo o voo pode se tornar até alguma coisa rústica e simples. Lá em cima, na real, não temos todo o controle sobre o balão, e dependemos de um ar, que irá soprar para onde quiser, para nos levar aonde quiser. Podemos tentar nos esquivar, manobrar e procurar aproveitar da melhor maneira o vento para irmos a lugares especiais e chegarmos ao nosso destino. Mas não podemos e nunca iremos conseguir ir contra o vento. E sem vento algum também não conseguiríamos sair do lugar.

Isso me faz pensar muito na minha vida. Eu posso tentar ir para onde quiser, fazer o que eu quiser e procurar o que eu quero a todo momento. Mas minha vida é como um voo de balão. Ela depende de um ar, um ar que sopra para onde quer e faz o que quer, na hora que quer. E é esse ar que me dirige e conduz e não posso dizer de onde ele realmente veio, ou para onde ele vai depois de passar por mim e me levar. Faço porém, o possível para permanecer na corrente desse ar, porque o aproveitando e deixando me levar, conduzo meu balão até o meu real destino, sem desvios, sem escalas fora de mão e sem inseguranças e turbulências desastrosas. Sei que às vezes posso me perder um pouquinho, mas com um pouco de persistência sou pego novamente pela corrente e me acho novamente cercado pelo vento que me levará ao meu destino final.



Nenhum comentário: