quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Pós-Natal

Nos dias 24, 25, 26, do mês de Dezembro todo mundo fica feliz, alegre contente, ou pelo menos a maioria das pessoas. Afinal, é natal! Natal! Falamos em compartilhar alegrias, novo ano, presentes, comida boa, família, amigos, e tudo de bom dessa vida. Cada vez mais se vêm mensagens bonitas no natal, falando de caráter, de bondade, de amor, entre muitas outras virtudes. Incrível como as pessoas começam a refletir um pouco mais sobre a vida, e pensar mais. Talvez o grito consumista por presentes não dê o total espaço para isso, mas ainda assim, a relfexão no natal é muito maior do que nos outros feriados.
É aí que se pensa, em meio a tantas mensagens, vê se a composição dos presépios, diferentes Marias, Josés, pastores, reis-magos, ovelhas, cavalos e burrinhos. E num pequeno espaço, para uma pequena e tosca manjedoura, aonde um minúsculo bebê se esconde, nos meio de tantos enfeites de natal, luzes coloridas, presentes e mensagens sobre infinitas coisas. Enfeita-se tanto o natal que as bordas ficam aparecendo muito mais, e muito mais atraentes do que o centro do presépio. O ao redor do bebê se tornou muito mais importante para nós. Esperamos presentes, festas, cantatas de natal, famílias reunidas, e tudo isso de fato é bom, mas esquecemos que a razão de fazermos tudo isso, de falarmos as mensagens, mostrarmos amor, ou seja, o espírito natalino que tanto almejamos está lá no meio do presépio, sem iluminação, deitado, aonde porcos e cavalos comeriam, numa manjedoura, humildemente.
Então quer dizer que todo esse tempo, nesses dias de natal, demos atenção ao foco errado da história? Que fizemos de tudo para enfeitar, falar bonito, amar, arranjar flores, comida, cantatas e as mais belas canções, mas no fundo só enfeitamos as bordas do real significado do natal? Sendo que, se concentrássemos nossa atenção no pequeno bebê, que nascia naquele dia de natal, teríamos a mais bela história de amor já contada, e as melhores mensagens, o verdadeiro amor, vindo do verdadeiro Deus. Aquele humilde bebê, é de fato o Rei dos reis, Salvador, Príncipe da Paz, o Deus que se faz presente conosco. Tudo o que existe se prostra aos pés dEle. E nós o tempo todo enfeitando ao redor dele, esquecendo dele, não ligando para ele, sem ter a mínima noção de quem Ele de fato É!
E nesse pós-Natal, seja quando for, me cai a ficha da verdadeira Salvação. Me faz imaginar o porque de um Deus tão poderoso, que criou o céu, e nos criou e formou, se tornar um de nós. Me faz pensar o porque de um Criador que se torna criatura. Não há outra razão senão o seu amor incondicional por nós. Não importa como somos, Ele se fez um de nós, por nós. Se humilhou ao ponto de nascer no pior lugar, onde comida para animais era servida, para ser o humilde redentor de nossas vidas. Eu celebro esse dia assim, visto que Ele veio a nascer em mim também, como meu Salvador e Senhor, o dia que Ele nasceu para morrer e se entregar em meu lugar, para pagar por tudo aquilo que fiz, e me resgatar. Como resistir a um Salvador como esse? Espero que entenda o que eu mostro aqui. Depois de mais de 2000 anos, essa história ecoa em mim, e gera um estrondo tremendo, e uma marca eterna. Não há outra razão para viver do que essa. O centro de tudo, o centro do presépio de nossas vidas, pós-natal, JESUS CRISTO.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

"É Gol, grita ae!!"

Vend0o que alguns sempre relutam em falar que o grito é coisa somente ruim(e me incluo num deles), e não esperam os escritores concluirem que gritos também são coisas boas, eis aqui a outra face do grito. Quando a gente tá muito feliz, quando estamos repletos de alegria e felicidade. Quando encontramos um amigos distante, parente, namorada ou namorado, quando ganhamos na loteria (esse eu quero!), quando passamos na prova, quando nosso time da escola ganha o campeonato e muitos, muitos outros berros de vitória. Acho que o melhor exemplo disso é quando o seu time do coração faz um gol. Cara, seu amigo ou amiga do lado vira pra você e diz: "É GOOOOLLLLL grita AEEEEE!!". Daí já viu né? Aquela gritaria, felicidade, e um momento únicos traduzidos em berros e mais berros. Pode-se imaginar essa incrível dualidade no grito? Tão incrivel que consegue expressar tudo aquilo que queremos, e nos sentimos bem depois de tê-lo feito, salvo as gargantas roucas por gritos de um show ou jogo de futebol.
A questão principal é o porque do grito. Talvez seja a liberação de alguma coisa de dentro de nós, quer por felicidade ou por tristeza e angústia. E tenho certeza que o ouvinte dos gritos escuta a ambos. Continuando nessa viagem sem pé-nem-cabeça sobre a tentativa de se explicar em palavras o que eh o "AHHHHHHHHHHHH" ou o "UUUHHUUUUUUU!" que nós damos de vez em quando, caímos sempre na mesma coisa, quem consegue realmente entender todos esses sons barulhentos e aleatórios? Qual o propósito disso, e por que temos essa habilidade? Essa que é diferente dos outros animais, que gritam para acasalar, ou se localizar, ou ainda para marcar território. Nós, a Criação, a imagem e semelhança do Criador, quando gritamos estamos expressando sentimentos. Pois é, sentimentos! O grito, assim como os olhos, a boca, ouvidos, falar, sentir, e tudo o mais, é uma das "janelas da alma", ou seja, forma como nos diferenciamos dos outros animais e nós mesmos, a maneira que Deus achou de nos fazer ser únicos. Que loucura não?
Voltando a felicidade do grito, há um episódio dos tempos antigos de Israel, que relata muitos berros e gritos. Quando o povo estava entrando na terra prometida a eles por Deus, Canaã, haviam alguns povos que já moravam ali, e este mesmo povo deveria conquistar seu antigo território de volta. A primeira cidade, mais próxima ao rio Jordão, era uma cidade chamada Jericó. Detalhes da história poderão ser contados futuramente, mas o que quero relatar é que para derrubar os muros da cidade e conquistar portanto, a cidade que tinha os maiores e mais fortes muros da região, deveriam andar por sete dias ao redor dos muros, tocando trombetas, sendo que no último dia dariam sete voltas e gritariam ao final. O resultado foi uma gritaria só, e muros sendo derrubados. Gritos. Gritos que levaram à vitória. Essa é a face boa do grito, quando ganhamos e quando estamos felizes, dá pra acreditar? Uma coisa tão barulhenta, e que ninguém consegue entender direito, mas que tem uma dualidade tão forte.
Aliás, há somente UM que entende nossos gritos ao todo, quer felizes ou tristes, agonizantes ou vitoriosos. Esse ouvinte dos gritos, que pode te ouvir de onde estiver, como estiver, e em que tempo for. Aquele que tem os ouvidos atentos aos nossos clamores, que procura atender-nos, e nos ama como ninguém jamais amou, ama ou amará. Talvez devessemos sair gritando isso por aí, como em alguns salmos Davi sugere que façamos. "Cara, Deus te ama e te ouve, grita AE!". Nossa motivação para viver talvez deva ser essa, talvez fique mais fácil encarar as coisas quando se sabe que alguém sabe de tudo o que sentimos, e entende, ama, e procura ajudar. Nosso crescimento, nossa evolução, e todos os nossos gritos são vistos e ouvidos pacientemente, amavelmente, bondosamente e com muita atenção por Deus. Nessas horas, quando percebo o quão sortudos você e eu somos por ter um Deus que nos ama e nos acolhe, não vejo outra coisa a fazer do que te dizer: "É GOOLLL, GRITA AEEEE!!"

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

O Grito!

Quem nunca teve vontade de gritar bem forte? Quem nunca pegou o travesseiro e deu um berro tão forte que a alma poderia ter saído junto pela boca? Muitas vezes é necessário fazer isso para tirar, aliviar o que nos incomoda. Gritamos quando temos medo, gritamos quando estamos aflitos, bravos, inconformados, frustrados. Gritamos quando terminamos com a namorada, gritamos quando o nosso time perde, gritamos quando somos pegos desprevenidos pelo vizinho chato à noite em uma brincadeira sombria de mal gosto. Portanto, gritamos quando coisas ruins acontecem. Talvez seja algo que venha nos nossos genes, algo maior que a gente, uma reação do nosso corpo à determinadas situações, assim como o sorriso, ou o arrepio, o choro, e entre tantos outros.
Porém o mais interessante no grito é que ele parece soltar algo com ele. Tanto que em algumas técnicas de anti-stress ele é usado como "processo terapêutico". Quando coisas ruins, adversidades e problemas nos cercam, somos impelidos a gritar uma hora, talvez de raiva, ou frustração, ou de tudo junto como se nossos sentimentos estivessem todos batidos no liquidificador. Afinal, quem nunca se sentiu assim? Não aguentar não gritar quando tudo na vida vai dando errado? Quando seus planos e caminhos que queria seguir não dão certo? Dar um berro de "ahhhhh que DROGA!" muitas vezes é a primeira reação. Tudo vai nos cercando, cercando, até não termos mais o que fazer, senão gritar por socorro, sem ter direção.
Gritamos quando temos dor ou quando temos espanto. É sobre esse tipo de grito que eu falo. Aqueles que são conjuntos comigo nos mais diversos tipos de gritos podem me apoiar. Gritos para dentro, para fora, altos, fracos, mirrados, barulhentos, longos, curtos, enfim, todos precisamos vez ou outra gritar, não? Talvez gritar não seja nossa vontade às vezes, mas não vemos outra alternativa, nos sentimos perdidos, e gritamos por socorro, gritamos para que a nossa dor talvez se consiga se manifestar no grito, e o ouvinte desse berro possa ter uma noção do que estamos passando. Assim, um grito de susto seria diferente do grito de alguém cuja a vida não dá certo e só dá cabeçadas após cabeçadas e se vê sem direção a seguir.
Mas a diferença do grito não diminui o tratamento do ouvinte dos gritos, aquele que pode realmente fazer alguma coisa. Esse ouvinte que escuta cada grito, de cada lugar, pacientemente e amorosamente, atentando a cada um em particular, procurando consolar e confortar os aflitos e encorajar os medrosos. Pode-se imaginar isso? Um ouvinte para os gritos? É Alguém que escuta cada palavra, cada berro, cada som não identificado que a gente emite, e os traduz de maneira a entender realmente o que nosso ser, do mais profundo, quer na verdade dizer. Quando precisamos, na angústia da nossa dor, de um ouvinte que relamente entenda o que passamos, eis que o ouvinte dos gritos se mostra presente, como o é o tempo todo conosco, de ouvidos bem limpos e atentos a aquilo que iremos balbuciar, berrar, espernear e falar. Pacientemente Ele, o nosso Deus, nosso Pai, ouve cada palavra, e as sabe todas, antes mesmo das mesmas deixarem a nossa boca. Que bom ter um ouvinte como Esse para os meus gritos!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Ah, o Medo...

Medo do escuro, medo de sair de casa, medo de monstros, medo de ficar sozinho, medo de não ser levado a sério, medo de não ter ninguém pra confiar, medo de sorrir, medo de andar, medo de falhar, medo de tentar, medo de escapulir, medo de viver! Gente, quando o medo nos ataca, realmente ficamos sem reação.
O medo é aquela coisa que a gente nunca entende, sempre tem, e vê todo mundo tendo também, e apesar de sempre estarmos diagnosticando-o e comentando sobre alguns ridículos medos, temos todos os nossos próprios que nos assombram diariamente. E aí, qual é o seu medo? Não que que eu queira cutucar alguma ferida sua que está quase sarando nem nada, só quero abordar aqui, algumas das faces do medo, sentimento tão estranho, que afeta tanto a gente a ponto de poder nos controlar, assim como nossas emoções e ações. A covardia gerada pelo medo pode nos paralisar, e afetar nossa vida de tal maneira que passamos a viver em função disso, o que nos atrapalha e acaba destruindo praticamente tudo o que construímos se deixarmos que o medo domine.
Ter medo das coisas, de novos passos, de algo diferente, do novo, é normal ao ser humano. A princípio o temor, ou seja, ficar surpreendido e apreensivo diante de algo nunca visto é a reação de todo homem e mulher dentro da faixa dos 0 aos 150 anos. O problema está na permanência constante desse medo, no domínio dele sobre nós. Quando o medo faz a gente não tomar o passo seguinte, quando o medo da indecisão deixa-nos estáticos diante daquilo que devemos fazer. É pois é, o real problema do medo está quando o crescimento do medo em nossos corações gera falta de coragem e bravura para viver.
Mas como evitar o medo? Como não ter medo de ficar sozinho, de falhar, de se arrepender, de voltar atrás, de errar, de não saber amar, retribuir, de não ser o que esperam da gente? Porque todos esses medos são tais reais quanto o teclado em que escrevo agora, e são tão presentes quanto o sol de manhã batendo na janela do meu quarto me pedindo para levantar da cama. E então, o que fazer? Como agir quando o medo domina a gente e nos desespera, e tira nossa coragem? "Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação" ( 2 Timóteo 1: 7). A reposta gente, como todas as outras para tudo, está em Deus. Guio minha vida conforme as palavras Dele, as quais eu confio, e tentarei passar isso aqui, o que fazer quando o medo domina, como Deus nos ajuda a vencer o medo. Ele nos dá o espírito de coragem, a força.
As pessoas sempre andam dizendo que Deus é amor, que ele é o perfeito amor. E como já falei, é ele que nos dá essa coragem, para enfrentar o medo que temos, e a força para viver. Combater nossos medos com coragem é a ação necessária para vencê-los, coragem dada por Deus, e que conseguimos somente confiando sinceramente em Deus, o Deus que é o perfeito amor. "No amor não existe medo; antes o perfeito amor lança fora todo medo. Ora o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor"( 1 João 4:18). Para nos aperfeiçoarmos no amor, precisamos romper esse barreira que existe na gente e confiar plenamente em Deus, deixar que Ele dirija as coisas, deixar que Seu amor reine em nós e de fato nos dê coragem. Para assim de fato dizermos: "O Senhor é o meu auxílio, não temerei, que me poderá fazer o homem?" (Hebreus 12:6)
Cada um tem seu medo, e em particular Deus irá tratá-lo e combate-lo juntamente com a gente. Esse medo que é como um laço que se aperta em nós, um linha que separa o mundo, uma armadilha que pega a gente desprevenido, algo que não nos deixa andar, progredir, e de fato viver. Realmente, vamos ser francos, o medo sempre existirá, sempre teremos que enfrentá-lo, uma hora ou outra. Talvez medo gerado por frustração de algo que deu errado, ou que pode dar errado, por pessoas que nos desapontam, e entre infinitas outras coisas. Medo, é que dá um medo do medo que dá, como diz Lenine em sua canção. Porém, talvez se a gente ter uma postura de coragem, e voltarmos nossa confiança para Deus, o medo poderá ser vencido. E o medo de perder a vez, de se arrepender, de deixar por fazer, de perder as rédeas na última hora, de escutar os outros, de não ser escutado, talvez vão embora. Da mesma forma que os anjos, dizendo às pessoas quando apareciam a elas diziam, é que vou finalizar essa abordagem cósmica-realista-fantástica-romântica do medo. "NÃO TEMAS, O SENHOR É CONTIGO!"