sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Amor e Caridade

Nos dias que se passaram eu participei de um casamento de uma prima do meu pai, consequentemente minha também, e aquele texto, sobre amor, foi mencionado, mais uma vez, na tragetória da minha vida. É um texto interessante, que sempre colocam em casamentos, declarações de amor, porque ele fala muito sobre o que o amor é, suas qualificações e suas virtudes, fala muito das tantas características do amor, e consegue expressá-lo muito bem. Às vezes tenho achado um tanto quanto piegas, desnecessário, ridículo, trivial e comum tocar nesse assunto. Tudo em razão de que é um assunto que todos comentam, falam, e continuam falando, abordando, e escrevendo. Mas cheguei a uma conclusão, ou melhor, uma pergunta, porque falam tanto dele? Porque todos têm sempre que se voltar a falar de amor, sem muitas vezes nem compreendê-lo. Até eu estou escrevendo sobre ele aqui e agora, e já escrevi outras vezes, mas ainda assim, sem compreendê-lo totalmente, e confesso que nunca compreenderei. Porque temos que sempre nos voltar a esse sentimento forte, que simplesmente destrói qualquer tentativa que há em nós de sermos insensíveis ou amorfos à esse inexplicável sentimento?
Talvez esse texto que mencionei possa trazer alguma luz ao que tanto temos dúvida. Em algumas traduções a palavra "amor" está colocada como "caridade". Porque caridade? Me volto sem saber porque ao prefixo da palavra, "care", que no inglês significa: cuidar, ter cuidado com. Indo mais além podemos chegar à um significado ainda mais profundo, que caridade pode significar se colocar no lugar de alguém, cuidar ao extremo, como se fosse a própria vida. Isso tem tudo a ver com amor, talvez não com o amor banalizado que se vê hoje em dia em nosso mundo, mas com o verdadeiro amor. Eis o texto, lembrem-se da palavra "caridade" como também uma possível tradução para ajudar no significado:
Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará.
O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se esoberbece, não se conduz incovenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regojiza-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba; mas, havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará; porque, em parte, conhecemos e, em parte, profetizamos.
Quando, porém, vier o que é perfeito, então, o que é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino. Porque, agora, vemos como em espelho, obscuramente, então veremos face a face. Agora, conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor.
(1 Corínthios 13)
Toda vez que me encontro com esse texto me sinto um pouco arrepiado. Talvez o amor seja grande demais para nós entendermos o tamanho da sua imensa e real dimensão. Até lá, vamos conhecendo em parte, e experimentando as coisas do que o real amor é capaz. Toda bondade, carinho, caridade, sorrisos, amizade, coisas boas que florescem quando se tem amor. Se o amor for o centro de tudo, a razão de tudo, o nosso propósito de ser, estaremos vivendo consequentemente melhor. É isso que acredito. Deixe o amor reinar, deixe ele tomar conta, em todos os aspectos. Em tudo o que fizer, que haja amor. Na batalha pela grana, no estudo, no futebol da semana, com os amigos, inimigos, seja quem for, na família, nos amores e cortesias, que o princípio e o fim seja o amor.
Tudo, simplesmente tudo, aponta para isso, o amor. E nós acreditamos, assim como no mesmo livro em que estão escritas as palavras sobre o amor é declarado que Deus É o amor. Ele é amor. Essa é a realidade, se o amor for o centro, tudo em nossas vidas, então Deus será o centro, o tudo em nossas vidas. Assim viveremos tendo amor, sendo amor, e realizando amor. Esse é o nosso destino, viver em amor. Se permitirmos, se deixarmos ele entrar em nossas vidas e começar a reorganizar tudo, em função do amor, algo extraordinário acontecerá. Porque o amor vai além de tudo o que a gente imagina, além de nosso próprio ser e da nossa própria existência, não há nada tão grande quanto o amor. É assim que caminhamos, com sentimentos de fé, esperança e amor, destes, porém, o maior é o amor.

2 comentários:

Liih* disse...

noooooossa!
eu maior li o texto.. e pra variar deu aquele arrepiozinho...
dai eu continuei lendo o que voce escreveu..

baaaaaaah paga pau!
eu arrepiei primeiro ta? =P

Ryuji disse...

é guiamarino, amor pra todo lado né?
mas eu ainda prefiro colocar amor de amizade e amor de caridade logo acima do outro amor.. sei la alem do fato dele ter sido banalizado tem outras coisas q me repelem dese ultimo amor aí =p hahahaha
otimo texto ein..
flw abço