Quando virei para o lado e vi meu pai caindo em gargalhadas pensei: "Pronto, tô todo sujo de meleca! Só me faltava isso!" Mas conferi minhas mãos, nenhum material indesejado. Perguntei então o porque dele estar rindo. Aí veio uma das respostas mais legais de toda a minha vida, talvez não a mais profunda, mas muito legal.
Ele disse que, quando era eu um pequeno bebê, minha mãe dava a missão à ele de me fazer dormir. E com essa tarefa ele me levava para passear, no seu colo, pela garagem de casa. Como bebê não tem hora para dormir, eu dormia a toda hora (vida boa naquela época). Dessa forma, quando dava meus passeios com meu pai, geralmente tinha muito sol. E foi quando ele descobriu um feito incrível. Eu espirrava toda vez que saía ao sol. E meu pai se divertia, me colocando ao sol toda vez, e me fazendo espirrar, um feito interessante, e estranho por sinal. Não me perguntem como ele conseguia me fazer dormir com tantos espirros, porque obviamente não sei.
Certas coisas nunca mudam, fico pensando. O fato de eu espirrar, quando saio ao sol, até hoje me diz uma coisa: Somos na nossa essência, sempre a mesma pessoa. Nunca mudamos no fundo, só nas coisas superficiais; como: gostos, roupas, crenças, amigos e etc. Mas no nosso ser mesmo, somos quase que intocáveis. E é como Deus nos olha, como filhos dEle, não importa o quando mudemos, na nossa essência sempre seremos isso. Criados à imagem e semelhança do Pai. Podemos crescer, mudar, espernear, tentar escapar de qualquer jeito, mas logo que olhamos para Ele, mesmo que de relance, lembramos da nossa essência, e como fomos criados. Uma hora ou outra Ele vai nos achar e a gente vai se lembrar daonde viemos. Agora, depois dessa estranha viagem de carro, lembro disso toda vez que olho para o Sol e espirro.
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