sábado, 22 de setembro de 2007

Eu não sei!

Conta-se uma história, no evangelho de João, em seu 9° capítulo, nos versículos de 1 a 34, de um cego de nascença que foi curado. Parafraseei algumas coisas, e mudei o foco narrativo da história. Apliquei-a a um personagem muito importante e talvez o personagem que mais se parece com nós, no dia-a-dia. Senta que lá vem história.
Os dias sempre foram difíceis para mim. Sou um cego de nascença e cegos aqui onde vivo não são bem vistos, andam pelas ruas perambulando, são abandonados à marginalidade e vivem na escória da sociedade. Poucos gostam de ter um cego como companhia, pois não servimos para nada, somos considerados inúteis.
Por aqui associam minha cegueira com o pecado. Um dia, quando um tal Mestre, que diziam ser o Messias libertador do povo( ou talvez só mais um revolucionário de segunda mão que queria chamar a atenção) passava pela minha cidade, os fariseus me levaram até ele e fizeram perguntas acerca de mim e de minha cegueira. Perguntaram quem tinha cometido o pecado para eu ser assim, se foram meus pais ou eu mesmo. A resposta do homem foi intensa, que nem eu nem meus pais pecamos, mas que isso aconteceu para que a obra de Deus se manifestasse na minha vida. E ainda disse alguma coisa sobre ele ser a luz para o mundo, que era escuridão. Confesso que fiquei um tanto quanto confuso com essas palavras, os últimos revolucionários não eram assim, eram tampouco coerentes e nunca faziam discursos sobre ser luz e essas coisas, só quebravam e faziam revoltas.
No momento em que ele acabou de dizer essas palavras, o cara cuspiu no chão de terra, misturou tudo, saliva com terra, fez uma gororoba e passou nos meus olhos. Mandou-me lavar meus olhos no tanque que se chamava Siloé(que significa enviado). E fui. Fazer o que? Tinha que lavar em algum lugar meu rosto sujo, graças à esse homem louco. Quando me lavei foi a sensação mais incrível que já vivi. COMECEI A ENXERGAR! Cara! Foi psicodélica a coisa! De outro mundo! De todas as coisas boas que poderiam acontecer, essa foi a melhor! Não era mais um inútil, era agora normal, como todos os outros. Poderia ser incluso novamente na sociedade de minha época, e teria uma história de vida incrível e extraordinária para contar a todos! Era cego, mas graças ao homem, que se chamava Jesus, comecei a ver. Simplesmente não sabia de onde ele vinha, quem direito ele era, e o que ele veio fazer, mas sei que ele me fez ver. As pessoas me olhavam e se perguntavam se era eu mesmo, e eu tentava convence-las do fato de eu ter deixado de ser cego. E contava a todos a história do homem chamado Jesus que me fez ver com um pouco da sua baba e terra, e de como me lavei no tanque de Siloé. Todos perguntavam aonde estava esse homem, mas eu dizia: "Não sei!"
Era sábado o dia em que Jesus me curou. Isso significava problema para os religiosos da cidade. Os fariseus me acharam e me interrogaram. Contei à eles a história toda, e alguns disseram que Jesus não era de Deus porque não guardava o sábado e coisas assim, de como poderia um simples pecador fazer sinais tão miraculosos. Falei que ele talvez fosse um profeta, mas eles não ficaram satisfeitos com a resposta. Chamaram meus pais, mas meus pais não ajudaram muito, passaram a bola para mim de novo, dizendo que quem tinha sido curado era eu, portanto eu que devia me explicar. Obrigaram a confessar. Se eu falasse que Jesus era filho de Deus poderia ser expulso da sinagoga, pelas regras que eles impunham. Respondi que não sabia se Jesus era pecador ou não, só sabia de uma coisa: "Era cego, e agora vejo". Me obrigaram a contar de novo como ele abrira meus olhos. Insisti em dizer que já havia contado, e de fato havia, e ainda disse: "Ora, isso é extraordinário! Vocês não sabem de onde ele vêm, contudo ele me abriu os olhos. Sabemos que Deus não ouve pecadores, mas ouve o homem que o teme e pratica a sua vontade. Ninguém jamais viu que os olhos de um cego de nascença tivessem sido abertos. Se esse homem não fosse de Deus, não poderia fazer coisa alguma.". Os homens me insultaram por tentar ensinar alguma coisa para eles e me expulsaram da sinagoga. Não sei porque, não sei. Não sei aonde está o homem que me curou, o qual acredito que seja o filho de Deus, e o qual fui tomado pela grande afeição. Nos meus primeiros dias de visão quero contar para todos isso. Só sei que era cego, e agora vejo, um homem chamado Jesus me fez assim.

Essa história tem alguns fatos importantes. A cura do cego gerou nele uma credibilidade incrível, e uma mudança de vida. Acontece a mesma coisa quando confiamos em Jesus, e nos seus ensinamentos. Quando acreditamos ser ele o Messias prometido e ser Ele o Salvador de nossas vidas e único Deus. Podemos não saber tudo a respeito dEle, podemos ter falhas ao querermos descrevê-lo em linhas perfeitas. Mas sabemos que fomos salvos, sentimos isso, pois isso se torna evidente em nossa vida. Logo, a realidade da Salvação pela graça de Deus, em Jesus Cristo, nos faz vivermos de forma nunca vista antes, que transcende todo conhecimento. E não conseguimos saber de mais nada, a não ser que fomos salvos.
Não sei te dizer ao certo que irá acontecer, o porque aconteceu, como aconteceu, e qual a razão de tudo o que acontece. Não te dizer o que Deus está pensando, o que Ele faz a cada dia em tudo, e quando ele vai voltar. Não sei te explicar todos os mistérios da vida. Posso não saber um monte de coisas, e muitas mesmo. Mas sei de uma coisa. Era morto, e agora vivo. Era perdido, e fui achado. Era pecador, e agora sou salvo pela graça de Cristo. Era trevas, agora sou luz. Era cego, e agora vejo! Um homem chamado Jesus me fez assim.

2 comentários:

Ryuji disse...

é,
encontrar o caminho!!
espero achar o meu logo, logo xD
flw abçss

Unknown disse...

Poxa Guii !
Se superou hein
Tah mto bom seu blog
(jah devo ter falado isso um montao de vezes neh...hehe, mas nao eh puxaçao de saco =])
Parabens
Bjaooo